Boa leitura.
Homem e
mulher, entre as criações divinas as mais perfeitas, talvez por terem sido as
últimas a serem criadas e as primeiras a serem pensadas, talvez por se
distinguir dos outros animais pela racionalidade ou talvez por terem um plano
de salvação feito pelo próprio Deus e exclusivo para sua espécie.
Para esses
dois seres, existem várias condições de convivência: podem ser irmãos, podem
ser amigos de infância, vizinhos, colegas de trabalho, quem sabe uma dupla
sertaneja, ou então, com uma bela paixão e brilho no olhar formando assim um
casal.
Nunca
esquecerei daquele belo casal que há muito vi na beira-mar (para que os
leitores pensem que moro numa cidade litorânea) em um gracioso fim de tarde de
Dezembro, mês em que tudo é mais bonito, até um simples pássaro com seu suave
cantar nos meados do sábado nebuloso é fabuloso. Pelo jeito que conversavam já
tinham certa intimidade, sorriam como duas crianças na melhor parte da
brincadeira, se beijavam com intensidade e ao mesmo tempo com delicadeza – típico
de namorados apaixonados – e não escondiam de ninguém que eram melhores quando
estavam juntos.
Para ambos importava somente um
ao outro, e essa harmonia é linda e rara na atualidade. Apesar de inicialmente
escrever esse texto sem objetivos de críticas contra o romantismo e sua
efemeridade no século XXI, a chamada para expressar meus pensamentos e
sentimentos através das letras e linhas é quase que impulsiva. É notório que os
rapazes e moçoilas de hoje não estão assim ligados para a felicidade e a
aprendizagem que se vive num relacionamento, e sim somente se importam com o
ato da conquista, do ficar e, é claro, de ter um nome a mais na lista “já
peguei”, “passei a mão”, “tô pegando”, “já foi minha” e outros bordões banais e
idiotas que se usam. Mas, essas situações não convêm a nós que estávamos
viajando numa linda cena do casal á beira do mar, então, voltemos a ela.
O brilho no olhar, como já foi
citado antes, e o sorriso simples, sincero e apaixonado estavam presentes nos
rostos dos dois. Aquilo me encantava de um modo tão singular que me fez voltar
àqueles tempos em que o papel da moça deitada nos braços do amado sobre a grama
verde e podada era meu. Realmente me identifiquei com aquele casal, apaixonado,
sorridente e feliz por simplesmente ter um ao outro. Tudo aquilo aconteceu
quando éramos lindos e dispostos adolescentes, antes de casarmos e antes de
recebermos a bênção maior que chamamos de Levi.
O sol se pôs, tanto na tarde
daqueles dois, quanto na minha memória, mas não significa que o sol das nossas
vidas se foi, definitivamente ele não se foi. Mas o casal teve de ir embora, a
moça linda deixou cair um sorriso torto e simpático quando passou por mim, a
mãe do garotinho fofo no balanço do parque. Será difícil esquecer daquele fim
de tarde que me fez reviver, relembrar, repensar e enxergar que ainda somos sim
um casal de namorados, só que com algumas – pra não dizer ‘muitas’ –
responsabilidades a mais, um casal que ainda é apaixonado um pelo outro, pela
vida e pelo precioso Levi.
Entãão, o que acharam? Deixe seu comentário. Ficarei super feliz em lê-lo.
Beijos,
Bela Ana.
"É notório que os rapazes e moçoilas de hoje não estão assim ligados para a felicidade[...]e sim somente se importam com o ato da conquista, do ficar". Muitos hoje pagam por esse tipo de comportamento.. Feliz daquele(a) que possui o amor verdadeiro, pois faz da maratona da vida um percusso mais concreto, preciso e coeso.
ResponderExcluirAnalu,
ResponderExcluirSeu texto é ótimo, traz um paradoxo entre o contemporâneo e o passado. Vivemos em uma época onde tudo é "fast" e descartável, substituível, incluindo as relações. Penso eu que o sentimento é tudo e deve estar em tudo, pode até nos conduzir à razão.
Que as suas palavras nunca se calem quando o assunto for amor.
Parabéns!